Sede do Rio Negro Clube não será mais vendida a empresário sul-coreano

O clube recorreu contra o valor pago no leilão, considerado muito baixo, e o empresário desistiu do projeto

O presidente da agremiação está convocando os sócios para ajudarem a pagar a dívida trabalhista e com a Receita Federal

A Justiça do Trabalho no Amazonas foi comunicada formalmente, ontem (24), da desistência da empresa de empreendimentos Jurupari de arrematar a sede do Clube Rio Negro, na Praça da Saudade, conseguida em leilão há dois meses. O presidente da Jurupari, o empresário sul-coreano Sung Un Song, que também dirige a Digitron e é controlador da Fundação Mathias Machline e do hotel Tropical Business, deixou o processo depois que a diretoria do clube se recusou a fechar negócio, alegando que o valor pago seria baixo demais e recorreu à Justiça.

O Atlético Rio Negro Clube entrou com uma ação no Tribunal Regional de Trabalho (TRT) com objetivo de anular a arrematação da sede do clube, alegando que o valor do arremate foi abaixo dos 50% que valia o patrimônio. Segundo o clube, a sede foi avaliada pela última vez pelo valor de R$ 9 milhões. Portanto, o valor mínimo para arrematação seria de R$ 4,5 milhões, equivalente a 50% do que valeria, e não os R$ 3,6 milhões.

O presidente do Rio Negro, Jefferson Oliveira, também afirmou que a parceria com o com comprador, Sung Un Song, não foi firmada por meio de contrato oficial e, por isso, não passou de uma intenção. Oliveira está pedindo que os sócios participem de ação de ajuda para pagamento de sete indenizações trabalhistas e ainda dívidas com a Receita Federal.


Na tarde de ontem a Jurupari protocolou pedido de desistência da arrematação da sede do clube e alegou como motivo os danos à sua imagem, causados por sua exposição na imprensa. A Jurupari vai ser apenada por desistir do processo: ela ficará impedida de participar de leilões da União pelo prazo de três anos, perde 20% do valor já pago (algo em torno de R$ 140 mil) e a comissão do leiloeiro.

Fonte: Portal Único

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