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Um bombardeio dos Estados Unidos matou nesta sexta-feira o influente general Qasem Soleimani e um líder pró-Teerã no aeroporto internacional de Bagdá, o que exacerbou as tensões regionais e provocou pedidos de “vingança” do Irã.
O Pentágono afirmou que o presidente Donald Trump deu a ordem de “matar” Soleimani depois que uma multidão pró-Irã atacou a embaixada americana em Bagdá na terça-feira.
O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, pediu “severa vingança” pela morte de Soleimani, na mais grave escalada em uma temida guerra entre Irã e Estados Unidos em território iraquiano.
A embaixada americana recomendou a seus cidadãos que abandonem “imediatamente” o Iraque. O presidente Trump tuitou uma foto da bandeira dos Estados Unidos, sem qualquer explicação.
O bombardeio americano, nas primeiras horas da sexta-feira contra um comboio de veículos no aeroporto internacional de Bagdá, matou nove pessoas, incluindo o general Soleimani, que era responsável pelas questões iraquianas na Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irã, e Abu Mehdi al-Muhandis, que tinha dupla cidadania iraquiana e iraniana, o número dois das Forças de Mobilização Popular, ou Hashd al Shaabi, uma coalizão paramilitar pró-Teerã integrada ao Estado iraquiano.
“Esta é a maior operação de decapitação já realizada pelos Estados Unidos, maior que as que mataram Abu Bakr al-Bagdadi ou Osama bin Laden”, líderes do Estado Islâmico (EI) e da Al-Qaeda respectivamente, afirmou Phillip Smyth, analista americano especializado em grupos armados xiitas.
Uma fonte militar americana afirmou à AFP que o impacto que pulverizou dois veículos do comboio foi executado com um “tiro de precisão de drone”.
Também afirmou, sob anonimato, que alguns dos 750 soldados adicionais mobilizados chegaram a Bagdá para reforçar a segurança na embaixada americana.
*As informações são da Revista IstoÉ