Covid-19 excluiu mais de 300 mil crianças e adolescente das escolas, só no Amazonas
Prefeitos do interior estão preocupados com novas operações policiais
Vereadora condenada recebe pressão para deixar a Comissão de Ética da CMM
Adail Filho vai recorrer e as novas eleições em Coari vão sendo empurradas para frente
O vice-governador Carlos Almeida reapareceu. E como sempre, envolvido em confusão. Agora, volta aos holofotes sendo processado pelo Ministério Público Federal por fraudes no contrato de gestão de duas unidades de saúde em Manaus: o Pronto-Atendimento (UPA) Campos Salles e o Hospital Delphina Aziz. A ação inclui, ainda, pedido liminar de bloqueio de bens dos envolvidos no valor de R$ 32 milhões, que equivalem ao prejuízo causado ao patrimônio público, conforme apuração da Controladoria-Geral da União (CGU). Carlos Almeida, que na época acumulava o cargo de secretário de Saúde, nega irregularidades no contrato e diz que o processo licitatório foi devidamente avaliado pela Procuradoria Geral do Estado.
Almeida tinha liberdade total
O governador Wilson Lima, em conversa com amigos, atribui os problemas que enfrenta no Governo ao vice-governador Carlos Almeida, que tinha liberdade para definir os projetos, as políticas públicas e escolher equipe, como foi o caso da Secretaria de Saúde onde foi secretário, indicou o sucessor e mesmo fora da secretaria continuou dando as cartas. E deu no que deu. Almeida se afastou do comando das ações e, desde lá, o Governo tomou rumo.
Vírus afastou crianças das escolas
No Amazonas, mais de 300 mil crianças e adolescentes não frequentaram a escola em 2020, o primeiro ano da pandemia de Covid-19. Os números são da pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o Cenpec Educação, divulgada nesta quinta-feira (29). Foram 300.044 crianças e adolescentes, de idade entre 6 e 17 anos, que ficaram excluídos da educação, o que representa 32% de todas as crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos no Estado. O estudo fez um panorama da exclusão escolar antes e durante a pandemia da Covid-19 no Brasil.
Mortes por Covid-19 no Brasil
O Brasil ultrapassou ontem (29) a marca de 400 mil mortes por complicações da Covid-19. A evolução dos números é chocante. Para atingir as primeiras 100 mil mortes foram 144 dias. De 100 a 200 mil 142 dias. De 200 a 300 mil 66 dias e de 300 a 400 mil apenas 36 dias. O crescimento dos números é exponencial é grande parte da população e autoridades já normalizou a média de 3 mil mortes por dia.
Operação Coleta de Luxo
A operação Coleta de Luxo, que prendeu na quarta-feira (26) o prefeito de Urucurituba, José Claudenor de Castro Pontes, sob acusação de corrupção nos serviços de coleta de lixo, prendeu também ontem o presidente da Comissão de Licitação de Urucurituba, Ivoney Guimarães Menezes. Era o último mandado que faltava a ser cumprido. A informação foi dada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM).
Prefeitos temerosos
Prefeitos do interior estão temendo que operações policiais, como a que aconteceu em Urucurituba, se alastrem para todo interior. Há quem veja dedo político em tais ações.
Eleição suplementar em Coari
A eleição suplementar em Coari pode acontecer até agosto deste ano, isso porque a defesa de Adail Filho, prefeito afastado, vai recorrer da decisão do TSE que o manteve fora da prefeitura, confirmando o que foi decidido pelo TRE-AM. A definição da data da eleição só vai ocorrer após o processo ser transitado em julgado.
Glória Carrate pressionada
A permanência da vereadora Glória Carrate (PL) na presidência da Comissão de Ética da Câmara Municipal de Manaus está sendo questionada após a divulgação de que ela foi condenada por irregularidades nas ONGs que comandava com o marido Miguel Carrate.
O casal usava servidores públicos pagos com dinheiro da CMM e da Assembleia Legislativa do Amazonas para trabalhar na Casa de Saúde Santa Clara e na Casa de Saúde Associada da Compensa, de propriedade deles.
No Big Brother
Glória Carrate, aliás, deve estar em inferno astral. Virou chacota nacional por conta de seu discurso contra a “bitoquinha” entre dois membros do programa Big Brother Brasil, recebeu repúdio das redes sociais de Fiuk e Gil e ainda apoio nenhum de seus pares na CMM. O presidente David Reis (Avante), inclusive a escalou para o próximo BBB, condição em que ele irá assistir o programa, pela primeira vez. Nossa sorte é que o próprio diretor do programa, Boninho, já confirmou que esta é a última edição.
Reação geral
De vereadores a senadores, os políticos amazonenses e a classe empresarial reagiram com força contra a decisão do Ministério da Economia, de retirar o projeto da LG da pauta do Conselho Administrativo da Suframa. No Congresso Nacional, a bancada amazonense se movimenta para pedir a aprovação do projeto “ad referendum”, ou seja, sem a necessidade de esperar pela próxima reunião do CAS. “Nefasta”, “belicosa”, “truculenta” e “desrespeitosa” foram alguns dos adjetivos (publicáveis) com que a retirada foi classificada.
Grave acusação
O que não ficou muito claro nessa história, foi a fala do senador Plínio Valério (PSDB-AM) que disse que a retirada de pauta do projeto da LG atende a interesses da Samsung. É uma acusação grave de lobby e precisa ser comprovada.
Gigantes em pé de guerra?
Vale lembrar que tanto a Samsung quanto a LG têm fábricas em Manaus. E na reunião do Codam de quinta-feira (29), ambas apresentaram projetos que somam quase R$ 12 bilhões em investimentos e geração de mil novos empregos. Também é fato que as duas coreanas irão vão produzir notebooks e televisões no Polo Industrial de Manaus e que, antes da mudança, a LG não contava com incentivos fiscais em SP. Mas daí a acusar lobby, vai uma longa distância.
Interior desperta
Dois projetos novos também chamaram atenção na reunião do Codam, por sua instalação ser no interior e não na capital amazonense. A empresa Juruá Estaleiro vai fabricar embarcações para transporte de passageiros e cargas, em Iranduba. E a Brazil Nuts, vai produzir castanha do brasil desidratada, em Humaitá.
Mais polêmica
Ontem, o Senado aprovou um Projeto de Lei (PL) que permite a quebra temporária de patentes de vacinas contra a covid-19, pelo menos enquanto durar a pandemia. Na prática, os donos de patentes ficam obrigados a ceder ao governo, se ele solicitar, todas as informações necessárias para a produção de vacinas e medicamentos de enfrentamento à covid-19. O projeto interfere diretamente na iniciativa privada, em favor da saúde mundial. Não há consenso sobre isso e o PL agora vai para a Câmara dos Deputados.
Anvisa processada
Por falar em vacinas, o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), responsável pela produção e distribuição da vacina Sputnik V, divulgou ontem que vai iniciar um processo judicial contra a Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o fabricante da Sputnik V, a Anvisa “espalhou informações falsas e imprecisas intencionalmente”. Na quarta-feira (28) a Anvisa reprovou a vacina russa e alegou que o laboratório não enviou informações suficientes para dar segurança da eficácia e produção da vacina.
Fonte: Portal Único