Nilvana Cavalcante, de 48 anos, encontrou o sofrimento não só na covid-19, mas nas condições em que foi obrigada a sobreviver em Manaus (AM). Foram dez dias sem tomar banho e sem a possibilidade de fazer as necessidades fisiológicas, já que o hospital em que estava internada não possuía cilindros de oxigênio para levar os pacientes até o banheiro. Ela e mais 13 pacientes vieram da capital amazonense para Alagoas ontem. Recebendo os cuidados no Hospital Metropolitano de Alagoas, Nilvana conta que encontrou condições melhores no tratamento, além de ter usado uma expressão forte para definir a mudança de ares: a saída do inferno para o paraíso.
Nilvana também não poupou palavras para falar da situação em que se encontrava em seu estado. Ela definiu que se sentiu “jogada às moscas”, uma vez que estava sem qualquer possibilidade de encontrar uma melhora. “Eu estava há dez dias sem tomar banho. Eu estava há dez dias sem fazer as minhas necessidades fisiológicas porque não tinha cilindro de oxigênio para nos levar ao banheiro para simplesmente fazermos nossa higiene pessoal e nossa necessidade. Falta gente para trabalhar, falta remédio e até faltou comida um dia. Com a ajuda de Deus, eu pude chegar até aqui. Saí de um inferno para um paraíso”, disse. Ela conta que foi muito recebida em Alagoas e que uma das primeiras coisas.
Por: Josué Seixas, em Colaboração para o UOL, em Maceió (AL)